Tal como acontece com o uso dos adjectivos e dos advérbios,
também os verbos são utilizados com um carácter impressionista por parte do
autor. Do mesmo modo, suscitam a imaginação do leitor.
Para escapar à monotonia
imposta pelo uso de verbos semelhantes, Eça optou por substituir os verbos
comuns por outros menos vulgares, mas que expressam mais amplamente a acção
descritiva pretendida pelo autor.
Os verbos declarativos (disse, afirmou, observou, explicou,
respondeu, prosseguiu ) são comuns para introduzir falas de personagens e por
isso tornam o discurso monótono, pelo que, o escritor opta por suprimi-los.
Assim, a não utilização deste tipo de verbos, confere ao texto uma quebra na monotonia
e dá-lhe ritmo e vivacidade.
É usual o uso do pretérito imperfeito em obras realistas,
pois este tempo torna as acções presentes as acções realizadas no passado.
Quando é utilizado o pretérito perfeito é narrada uma acção passada que está concluída
e encerrada no passado. No uso do imperfeito, pela transposição dos eventos
narrados até ao tempo presente, faz com que o leitor testemunhe o acontecimento
narrado.
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