De modo a tornar a sua escrita mais expressiva, Eça apoia-se
nos adjectivos e advérbios de modo que transmitem ao leitor uma sensação de
visualização.
O adjectivo é usado com uma sabedoria e criatividade que faz dele
a categoria gramatical por excelência na obra queirosiana. Assim, consegue
demonstrar a sua visão crítica sobre a sociedade do século XIX de uma forma
subtil mas que terá um grande ênfase, fazendo com que a sua sátira nos pareça
objectiva.
No estilo Queirosiano, o adjectivo é usado de forma extremamente
subjectiva e não pretende estabelecer qualquer relação directa com o
substantivo que qualifica, mas sim dar a entender a relação entre esse nome e
os outros, despertando a imaginação. Deste modo, o adjectivo surge com um
carácter impressionista da prosa de Eça de Queiroz, já que é utilizado para
mostrar ao leitor os sentimentos produzidos no escritor.
Outra característica literária presente nas obras de Eça é o
uso de adjectivação dupla e tripla, com vista a mostrar não só a descrição mas,
novamente, complementando-a com as impressões que surgem da mesma.
Quanto aos advérbios de modo, devido à sua sonoridade, foram
trabalhados cuidadosamente pelo escritor, de forma a incidirem sobre o sujeito,
mantendo as funções do adjectivo, mais uma vez, para que a criatividade e
imaginação do leitor surja de forma espontânea.
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