A humilhação sentimental:
A mulher formosa, fria, distante e altiva (Esplêndida; Deslumbramentos; Frígida);
A mulher fatal da época/a humilhação do sujeito poético tentando a aproximação (Esplêndida);
A mulher burguesa, rica, distante e altiva/a humilhação do sujeito poético que não ousa aproximar-se devido à sua baixa condição social (Humilhações);
A mulher fatal, bela e artificial, poderosa e desumana/a consequente humilhação do poeta (“Milady, é perigoso contemplá-la (...)/ Com seus gestos de neve e de metal.”, Deslumbramentos);
A mulher fatal, pálida e bela, fria, distante e impassível que o poeta deseja e receia/a humilhação e a necessidade de controlar os impulsos amorosos (Frígida).
A humilhação estética:
A revolta pela incompreensão que os outros manifestam em relação à sua poesia e pela recusa de publicação por alguns jornais (“Arte? Não lhes convém, visto que os seus leitores/ Deliram por Zaccone”; “Agora sinto-me eu cheio de raivas frias/ Por causa dum jornal me rejeitar, há dias/ Um folhetim de versos.”, Contrariedades).
A humilhação social:
O povo comum oprimido pelos poderosos (Humilhações);
O abandono a que são votados os doentes (“Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes (...)/ O doutor deixou-a...”, Contrariedades);
O povo dominado por uma oligarquia poderosa (a “Milady” de Deslumbramentos é uma representante dessa oligarquia).
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